segunda-feira, outubro 29, 2007

Sem tempo

Não tenho tido tempo de passar por aqui, mas não posso deixar de apontar duas ou três coisitas:

Luis Filipe Menezes defendeu, na semana passada, a permanência dos padres nos hospitais. O argumento: Ficam mais baratos que os psicólogos.

Ando triste. Não tenho ouvido o Luís Delgado sem ser de passagem, na Antena 1, e o sociólogo Alberto ontem não escreveu no DN.

Tenho ouvido o Rádio Clube e, sinceramente, gosto.

Engraçada a reportagem da TSF na Mongólia.

Interessante a reportagem do Panorama BBC, na Sic Notícias, sobre as leis na Nigéria. Basicamente, rege-se por uma espécia de duas constituições: a Shari'a e o direito comum.

Volto logo que possível.

terça-feira, outubro 23, 2007

Em terra

Os conhecidos pilotos comunistas da aviação civil estão em greve.

Ao que parece, há uma adesão de 100%. A explicação é simples, as empresas de trabalho temporário que furam as greves de outros sectores ainda não têm nos seus contactos oferta de serviços de pilotos de avião...

sexta-feira, outubro 19, 2007

Orgulho português

Hoje estou verdadeiramente feliz por ser português.

Hoje, mais do que feliz por ser português, estou feliz por não ser francês, holandês, inglês, alemão, italiano ou espanhol.

Estou feliz, particularmente, por não ser nem holandês nem francês. Votaram um referendo, que até teve um resultado - normalmente, é assim quando se vota: há resultados. Só que o resultado não agradou a quem os governa e a solução é simples: aprova-se o que foi rejeitado em referendo pela via parlamentar.

Não, não foi exactamente o mesmo. O que eles votaram não tinha como anexo os mais básicos direitos dos cidadãos - estavam integrados no texto.

Os restantes países, segundo várias sondagens, apontam para a vontade de que seja realizado um referendo.

Eu por cá estou à vontade. Sei que o engenheiro (?) Sócrates prometeu um referendo em campanha. Por isso, estou tranquilo, porque o engenheiro (?) não é mentiroso e daqui a algum tempo devemos ir às urnas votar o tratado.

Notas soltas

1. A eleição de Santana Lopes como líder parlamentar do PSD teve três votos nulos. Como é possível deputados da República fazerem do seu voto um voto nulo? A sério que não percebo.

2. Afinal, o fim das listas de espera na saúde não é para já. Nem se sabe muito bem para quando é, tendo em conta as notícias de hoje. Depois, mais tarde, quando o engenheiro (?) Sócrates tiver um tempinho para olhar para o país, o pessoal por cá agradece.

quinta-feira, outubro 18, 2007

Flexissegurança - A mentira

Hoje é dia grande. Estou a ver em directo, na Sic Notícias, o ministro dos negócios estrangeiros da Eslováquia a cumprimentar o Sócrates.

Ao mesmo tempo, decorre a maior manifestação dos últimos 30 anos em Portugal. Alguma coisa sobre isso neste canal? Sim.

Logo no final da manhã, surgiu na tv um Ricardo Costa em estado orgásmico a anunciar que os parceiros sociais tinham chegado a um acordo sobre a flexissegurança - e não flexigurança ou, pior ainda, flexisegurança.

Anunciou o acordo - só não bateu palmas - e partiu para o condicionamento da gigantesca manifestação da CGTP. Que a Inter estava isolada em Portugal e na Europa e uma série de outras coisas.

Acho que o Ricardo Costa não conseguiu despir a pele de comentador-editor-director e exagerou nas funções de jornalista, que, penso, era a que deveria estar a desempenhar no momento.

No entanto, a verdade é que não foi assinado qualquer acordo sobre a flexissegurança em si, mas sim um acordo de princípio para a discussão da flexissegurança. E, para quem considera que a fonte CGTP não é credível, o presidente da CIP (patrões) veio afirmar o mesmo.

Depois disso, a Sic Notícias passou uns breves minutos pela cabeça da manif, por volta das 14h30, para dar a palavra a Carvalho da Silva. Mais? Nada.

17h30

Ligou a minha mãe. Está em Lisboa, na Manifestação. Só a esta hora saiu do ponto marcado para o início do desfile.

Tendo em conta o percurso, posso chegar a uma conclusão:

O Comando Metropolitano da PSP de Lisboa não sabe contar. Não soube contar no dia 1 de Outubro, quando divulgou que estavam no Parque das Nações entre 700 a 800 polícias, numa manifestação.

Errou por cerca de 3.200.

Hoje, o mesmo Comando Metropolitano da PSP de Lisboa anuncia 150.000 manifestantes. Eu aposto para 250.000 pessoas. Um quarto de milhão de pessoas.

Conclusão:
Ena! Tantos comunistas!

quarta-feira, outubro 17, 2007

Insensíveis!

Há coisas que me deixam revoltado, todo revoltado!

Eu, por acaso, nem tenho conta no BCP, nem simpatizo particularmente com o Jardim Gonçalves. Aliás, nem o conheço! E desconfio que, se ele me conhecesse, também não ia simpatizar comigo.

No entanto, o homem é pai e é um bom pai. Deu uns trocos ao filhote. E então? Depois perdoou. E então?

Só acho mal o senhor dizer que não tinha conhecimento. Um pai deve ser saber sempre o que andam a fazer os filhos.

Por isso não percebo este alarido todo à volta de umas coisas do BCP.

Sejam sensíveis: pai é pai!

terça-feira, outubro 16, 2007

Adriano, presente!

Há 25 anos, desapareceu.

Um absurdo, assim aos 40 anos e sem aviso.

Há coisas que gostava que ele soubesse e outras que não visse, ainda bem que não as vê. Tenho pena que não veja, mas acredito que tenha partido a saber que resistimos e estamos vivos. Com todos os erros, desvios, virtudes, de que todos fomos e somos vítimas e, ao mesmo tempo, causadores. Mas estamos cá.

Foi muito além da música para cantar a Coimbra negra num Portugal às escuras. Educou o Povo sem o saber, ou se calhar sabia-o, e há quem se lembre, só porque na memória ninguém manda, e porque a memória também se educa.

É um daqueles a quem devemos que Abril já fosse Abril, mesmo antes de o ser.

segunda-feira, outubro 15, 2007

Resposta cantada ao sociólogo Alberto

Resposta cantada ao sociólogo Alberto pelo brilhante artigo de opinião publicado no Diário de Notícias de 14 de Outubro.

Nota: Um exemplo claro do propósito da reformulação editorial que até deixou de contar com o contributo de Rúben de Carvalho.

Indignado com t-shirts,
Boinas e bonés,

Surge o sociólogo Alberto,
Assim em bicos de pés:

"Foi assassino louco, com torturas,
Verdadeiro psicopata ele era,
Iluminou à força as massas brutas",
Terá sido um pesadelo na terra

Disse o sociólogo Alberto,
Falando da gosma insultuosa verbal,
Proferindo o próprio insultos,
Indicadores de inércia mental

Fala de tudo e todos,
Mao, Estaline e Che,
Esquecendo - já dizia o poeta,
Que nem tudo o que parece, é

Chama carniceiro a Ernesto,
Esquece Batista e outros que tal,
Apologista do assassino colombiano,
Reconhece o Eixo do Mal

Ao sociólgo Alberto,
Digo daqui deste lado:
Para tanta imbecilidade junta,
Mais valia estar calado

Então o sociólogo Alberto,
Já assim perto do final,
Justifica a defesa de Che,
Com uma atracção (homos)sexual

Não me parece muito sério,
Numa discussão interessante,
Achar que quem admira Che,
Se senta sem que o outro se levante

Assim, e pra terminar,
Não o mando pra quem o pariu,
Vá antes de volta,
Ao intestino de onde saiu.

Notas soltas

Não sei bem por onde começar, depois de tanto tempo de molho, por isso, vão só umas notas soltas:

1. Tenho pra mim que o PSD deixará de ter uma liderança microcéfala, não para ter uma bicéfala, mas sim acéfala.

2. O nosso país é tão educado, tão educado, que chamar mentiroso passou quase a ser crime, ainda antes de o ser. Mais, é quase crime pensar em chamar mentiroso, mas não é crime sê-lo.

3. Tendo em conta o ódio destilado pelo ilustre senhor mais-ou-menos engenheiro José Sócrates para com os sindicatos dos malvados da CGTP com... comn... comun... comunista; qual o tratamento para os inertes amigos governamentais da UGT?

4. O orçamento de estado é tão bom, tão bom, que o Governador socialista do Banco de Portugal teve de vir a correr pôr água na fervura, depois das previsões do FMI.

5. O FMI não constitui mais do que um espécie de colonialismo moderno em relação aos países menos desenvolvidos.

6. Não tenho conta nem créditos no BCP. Se tivesse, ia ver se podiam fazer um jeitinho e perdoar a minha dívida.

Por agora, acho que é tudo.