quinta-feira, outubro 18, 2007

Flexissegurança - A mentira

Hoje é dia grande. Estou a ver em directo, na Sic Notícias, o ministro dos negócios estrangeiros da Eslováquia a cumprimentar o Sócrates.

Ao mesmo tempo, decorre a maior manifestação dos últimos 30 anos em Portugal. Alguma coisa sobre isso neste canal? Sim.

Logo no final da manhã, surgiu na tv um Ricardo Costa em estado orgásmico a anunciar que os parceiros sociais tinham chegado a um acordo sobre a flexissegurança - e não flexigurança ou, pior ainda, flexisegurança.

Anunciou o acordo - só não bateu palmas - e partiu para o condicionamento da gigantesca manifestação da CGTP. Que a Inter estava isolada em Portugal e na Europa e uma série de outras coisas.

Acho que o Ricardo Costa não conseguiu despir a pele de comentador-editor-director e exagerou nas funções de jornalista, que, penso, era a que deveria estar a desempenhar no momento.

No entanto, a verdade é que não foi assinado qualquer acordo sobre a flexissegurança em si, mas sim um acordo de princípio para a discussão da flexissegurança. E, para quem considera que a fonte CGTP não é credível, o presidente da CIP (patrões) veio afirmar o mesmo.

Depois disso, a Sic Notícias passou uns breves minutos pela cabeça da manif, por volta das 14h30, para dar a palavra a Carvalho da Silva. Mais? Nada.

17h30

Ligou a minha mãe. Está em Lisboa, na Manifestação. Só a esta hora saiu do ponto marcado para o início do desfile.

Tendo em conta o percurso, posso chegar a uma conclusão:

O Comando Metropolitano da PSP de Lisboa não sabe contar. Não soube contar no dia 1 de Outubro, quando divulgou que estavam no Parque das Nações entre 700 a 800 polícias, numa manifestação.

Errou por cerca de 3.200.

Hoje, o mesmo Comando Metropolitano da PSP de Lisboa anuncia 150.000 manifestantes. Eu aposto para 250.000 pessoas. Um quarto de milhão de pessoas.

Conclusão:
Ena! Tantos comunistas!

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