sexta-feira, dezembro 19, 2008

Do jornalismo

Quando entrei na redacção d'O Comércio, já lá vão sete ou oito anos, as primeiras coisas que o Rock me ensinou - e que criou em mim um hábito que mantenho até hoje - foi que a primeira coisa a fazer quando se chega ao jornal é ler os jornais do dia. Hoje, é preciso ler os jornais do dia, dar uma volta pelos sites e, de preferência, ouvir os noticiários da manhã na rádio, para além da Sic Notícias e, se houver tempo, a RTPN.

Outra das coisas que aprendi foi que o trabalho de um jornalista é, também, pôr os intervenientes na notícia a falar correctamente. Pode não parecer, mas é um contributo importante para os leitores externos, chamemos assim, e para aqueles que citados entre aspas na peça.

É, por vezes, um desafio tremendo para os jornalistas que cobrem desporto. Não só, mas também para eles. Não é fácil pôr alguns presidentes, treinadores e jogadores e falar português correcto. Vem isto a propósito de uma notícia da Lusa que está online no Sol, onde pode ler-se que um responsável de um sindicato afirmou que a greve tem uma adesão "superior a 100 por cento".

Daqui, para além do lapso ou ignorância do sindicalista, podemos confirmar o lapso ou a ignorância do jornalista e do editor. Ou então, uma tremenda sucessão de mal-entendidos. Ou, como disse mais lá para baixo, anda mesmo tudo a nanar.

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