sexta-feira, agosto 28, 2009

Jerónimo de Sousa em Matosinhos

Jerónimo de Sousa irá estar num comício em Matosinhos, no Parque Basílio Teles, dia 10 de Setembro, pelas 21h30. Elementos gráficos logo que possível. É favor marcar nas agendas :)

quinta-feira, agosto 27, 2009

Em falta

Falta:
Agradecer as mensagens que deixaram nas caixas de comentários sobre o encerramento do blogue;
Agradecer as mensagens que deixaram noutros blogues sobre o mesmo tema;
Agradecer os emails que enviaram sobre a mesma coisa;
Agradecer o que disseram pessoalmente.

Falta, ainda, actualizar a lista de blogues ali ao lado. Fá-lo-ei logo que possa.

Acho que não falta mais nada.

segunda-feira, agosto 24, 2009

Narciso Miranda - Publicidade não solicitada

Todos os dias recebo dezenas de mensagens de spam, com publicidade enganosa, por isso não me espantei quando vi na minha caixa de correio uma mensagem, de 27 de Julho - ainda este blogue estava de molho - da Associação Narciso Miranda, cujo conteúdo passo a divulgar, em itálico, permitindo-me fazer alguns comentários:

"Não tenho por hábito participar em blogs. Tal não significa, no entanto, que estou alheado desta nova forma de comunicar. Bem pelo contrário.
Ok... e?

A falta de tempo impede-me, no entanto, de consultar de forma mais assídua, como desejaria, todos os blogs que falam sobre mim, todos sem excepção, os que dizem bem e os que dizem menos bem.
Hum... 'tou a ver.

Venho sendo, no entanto, alertado, justa ou injustamente, verdade ou não, para o facto de estar a ser criada a ideia que alguns dos participantes neste blog, identificados anonimamente ou através de pseudónimos, são por vezes agressivos e deixam evidenciar sinais de má educação, chegando quase a atingir, uma ou outra vez, a área do insulto.
Aaaaah! Então é isso... Vamos por partes, para ficarmos esclarecidos: Este blog não tem comentários moderados por opção minha, porque nunca senti necessidade de fazê-lo. Permita-me esta liberdade. Participa quem quer e diz o que quer, desde que o conteúdo não seja por mim considerado ofensivo. Se se refere a posts por mim escritos, não são anónimos. Estão assinados (RMS), iniciais do meu nome e o endereço de correio electrónico está no perfil. Nesse endereço de correio electrónico, encontra o meu nome completo. Logo, os alertas que lhe fizeram podem caber apenas no campo da má educação e do insulto, que, sinceramente, não encontro. Nem o ilustre ex-presidente da CMM quererá, certamente, colar-me tais atributos. Eu recorro às metáforas e aos eufemismos para evitar essas coisas.

Sobre esta matéria, quero que fique claro que não tenho, como nunca tive, porta-vozes, ninguém fala em meu nome, muito menos está alguém autorizado, mesmo que anonimamente ou recorrendo a pseudónimos, a fazê-lo.

Não é esta a minha prática, muito menos a minha orientação. Bem pelo contrário.
Insisto, permanentemente, na importância de se elevar o debate, de respeitar as diferenças e o contraditório, qualificando a participação neste processo eleitoral das autárquicas em Matosinhos.
O meu caminho e a minha orientação é a da promoção do debate de ideias, projectos e linhas estratégicas que melhor sirvam os interesses dos cidadãos, dos matosinhenses e o futuro de Matosinhos. É este o debate que quero, como sempre quis, promover.

Ainda bem que depois de décadas de governação autoritária da CMM descobriu o diálogo e a elevação do debate. Assinalo isso como positivo. Quanto ao contraditório aqui está ele, com a publicação desta carta. Não porque tenha obrigação de o fazer; este blog é propriedade do RMS e não um blog colectivo RMS-Narciso. Como tal, aqui ficam expostos os meus pontos de vista e não os seus. Para isso, tem à disposição a caixa de comentários.

Fique, portanto, claro que não aceito esta prática que vem, aliás, cansando as pessoas e afastando, cada vez mais, os cidadãos da política.
De acordo. A novidade vem, mesmo, por agora não aceitar este tipo de prática.

Fique claro que me demarco por completo deste tipo de mensagens, mesmo que partam de pessoas que se afirmem meus apoiantes.

A minha candidatura é feita pela positiva, agregando todos os matosinhenses, independentemente da sua classe social, cultural, profissional ou política.

Aos meus apoiantes, a todos aqueles que estão empenhados neste processo da minha candidatura independente, peço, sinceramente, que não entrem neste jogo, que valorizem o debate e não respondam a este tipo de provocações que em nada dignificam a liberdade de expressão e, muito menos, servem os verdadeiros interesses do concelho ou da união dos matosinhenses.

Peço a todos a melhor compreensão neste sentido.

Narciso Miranda"


Depois desta comovente prosa de Narciso Miranda, republico aqui um texto de 14 de Maio de 2009, sobre Narciso Miranda e a sua campanha:

Campanha em Matosinhos - O vale tudo

Com o aproximar das eleições, das autárquicas neste caso, começam a confirmar-se as expectativas de que a campanha será quentinha. Depois dos outdoors que Guilherme Pinto mandou retirar, da propaganda da CDU que Narciso cobriu, mas que afinal foi um erro da agência de publicidade, começa a campanha pelo correio.

No mesmo dia em que Guilherme Pinto fez chegar às caixas de correio um desdobrável sobre a nova Quinta da Conceição - não é difícil de encontrá-la, está algures entre as torres do Narciso, ali onde era a FACAR - Narciso Miranda enviou cartas a convidar para a apresentação da sua candidatura. Ora, não haveria novidade, não fosse o facto de as cartas enviadas pelo ex-presidente serem dirigidas à minha avó e a um tio que vivia com ela. Mas chegaram a minha casa.

Por motivos secundários, a minha avó esteve a viver em minha casa durante algum tempo, pelo que a morada de residência foi alterada, nomeadamente, na Associação de Socorros Mútuos de S. Mamede de Infesta, uma IPSS para onde a minha avó pagava, naqueles programas de "pense na sua vida, pague o seu caixão".

Posso garantir que a associação acima referida foi a única para onde foram indicados os nomes da minha avó e do meu tio com a morada de minha casa, pelo que podemos concluir que a Associação de Socorros Mútuos de S. Mamede - ou alguém por ela - forneceu os dados dos associados ao movimento de Narciso. O que não só é ilegal como deplorável eticamente. Mas não estamos já habituados a isso?

Para finalizar, na carta que acompanhava o convite é afirmado que a minha avó o conhece bem - ao Narciso. Duvido, mas dê graças por o meu avô já ter falecido, de certeza pediria explicações sobre até que ponto conhece bem a minha avó.

De qualquer forma, e voltando ao que interessa, informo a associação do Narciso que a minha avó faleceu já há algum tempo, pelo que, mesmo percebendo que a "presença é muito importante" para o ex-presidente, não estará representada.

P.S.: Apelo também à Associação de Socorros Mútuos de S. Mamede que actualize o seu ficheiro.

domingo, agosto 23, 2009

O desafio

José Modesto, leceiro destas coisas da blogosfera, lançou o seguinte desafio, na caixa de comentários ali em baixo:

"As boas intenções têm sido a ruína do mundo. As únicas pessoas que realizaram qualquer coisa foram as que não tiveram intenção alguma.De: Oscar WildeAinda em férias, e porque todos nós nos preocupamos… as eleições estão aí,decidi efectuar uma pausa e através de um computador que não o meu lançar este desafio aos nossos candidatos através da nossa blogosfera:

Ensino:Será que os nossos candidatos no seu programa de campanha eleitoral vão incluir a oferta gratuitade livros no 1º ciclo do ensino básico?Aceitam-se os comentários.Saudações Marítimas (ainda em férias)

José Modesto


A posição do PCP, que concorre no quadro da CDU às legislativas e autárquicas, é clara e inequívoca no que diz respeito ao ensino - a todo, não só ao 1.º ciclo, e está no ponto 1.3 do programa eleitoral:

"1.3. Por uma Escola Pública de qualidade e gratuita, uma escola inclusiva
A gratuitidade de todo o ensino como elemento crucial da garantia ao acesso e sucesso escolares. O direito à educação e ao ensino como direito fundamental, simultaneamente individual e colectivo, constitui um pilar estruturante da própria democracia. A gratuitidade de todo o ensino, condição para um efectivo exercício do direito à educação independente das suas condições económicas e sociais e elemento crucial para o aprofundamento da democracia, exige: O investimento numa Escola Pública de Qualidade, com a gratuitidade de todo o ensino público como prioridade estratégica, objectivo a atingir de forma progressiva, num prazo máximo de seis anos, com a distribuição gratuita dos manuais escolares no ensino obrigatório, já no próximo ano lectivo; o incremento do apoio social escolar em todos os níveis de escolaridade com crescimento considerável das captações para atribuição dos respectivos apoios e dos montantes limite previstos para diversas áreas; a expansão do sistema público de Educação Pré-Escolar, articulado com a rede escolar do 1ºciclo, no cumprimento da obrigação que a Constituição impõe ao Estado, garantindo a frequência universal, gratuita e obrigatória no ano que anteceda o ingresso das crianças no ensino básico, bem como as condições para a universalidade da frequência a partir dos 3 anos. É, ainda, indispensável garantir, a curto prazo uma resposta de qualidade para as crianças de idade inferior aos 3 anos".

Importa referir que a CDU propõe ainda a "revogação do decreto que estabelece o processo de municipalização do ensino básico, com o objectivo de impedir a perda de autonomia administrativa e pedagógica das escolas ou a sua privatização.

Para além do que foi referido atrás, é necessário ter em conta o seguinte: As políticas educativas têm de ser integradas e transversais a todas as etapas do ensino, proporcionando uma aprendizagem que seja uniforme ao longo da vida. Não são medidas desgarradas - sejam elas certas ou erradas - que darão mais e melhor ensino, seja a crianças ou adultos.

O ensino vai muito além de Magalhães para os miúdos. Aliás, de que serve um Magalhães, se não pode ser usado nas salas de aula, fruto do desinvestimento constante nos equipamentos educativos?

Esta é uma factura que agora sobra para as autarquias. Todas elas. Mas nem todos os autarcas desgostarão deste facto: haverá agora mais espaço para criar uma empresa municipal e nelas colocar mais alguns afilhados: políticos e não só.

terça-feira, agosto 18, 2009

Novo jornal cá na terra - vícios antigos

Chegou-me hoje às mãos o número zero de um novo jornal mensal, o Notícias de Matosinhos. Nesta edição, entra em grande, ou de pé em riste, como costuma dizer-se. Logo na primeira página, três fotos. Guilherme Aguiar, Guilherme Pinto e Narciso Miranda. Lá dentro, a apresentação do candidato do BE à câmara.
Ainda na primeira página, a manchete pergunta "Quem vai ganhar a Câmara de Matosinhos?", remetendo para a página oito, onde consta um anúncio de página inteira do colégio Anjos do Saber. O mesmo colégio que passa de publicidade a notícia, na página 12, sob o título: "Colégio proporciona actividades extra-curriculares".
Na página 11, dedicada à Economia, anuncia o aniversário de uma escola de condução, que - ó surpresa - tem direito a publicidade na página 13.
Na página 6, entrevista ao presidente da Junta de Freguesia de Lavra. Na página 14, anúncio de página inteira às festas em honra do Divino Salvador... de Lavra, pois claro.
Resumindo, isto promete.

P.s.: No estatuto editorial escreve-se que "a publicação insistente de determinados assuntos - do crime e do sexo às baixezas da vida política e económica. - poderia aumentar as vendas..." Nada de especial, não fosse este um jornal que se apresenta como gratuito, com uma edição de 20.000 exemplares. Decidam lá isso...

domingo, agosto 16, 2009

A variz - Construir a Festa!

Há coisas que só se explicam quando as vivemos. Ou antes, explicam-se se as quisermos perceber enquanto experiência vivida sem preconceito. A experiência que constitui a Festa do Avante! é um símbolo do que deve merecer admiração democrática. O texto que o Miguel Esteves Cardoso escreveu há uns anos é um bom exemplo disso mesmo. Ele, insuspeito quanto a ideologias, descreveu o Avante! com uma frieza dura para os mais cínicos anti-comunistas, dando-lhe o toque de paixão que conseguiu encontrar em todos os militantes e amigos do PCP que participam nas tarefas fundamentais para que a Festa seja A Festa.Mas, antes do primeiro fim-de-semana de Setembro, há todo um trabalho notável de militância genuína, de entrega e sacrifício que tanta gente quer fazer de conta que não existe na política. E a Festa é política. Desde o primeiro prego até ao último, é a política que ergue a Festa. É uma ideologia política afirmada em forma de música, cultura, desporto, debates, convívio, aberta a todos e onde todos são bem recebidos. Camaradagem.A construção da Festa é mais uma oportunidade de afirmação das convicções do tremendo colectivo que é o PCP. Com o contributo possível de cada um, o crescimento da Festa representa, ao mesmo tempo, o crescimento e a afirmação dos Comunistas e da sua intervenção. De um Partido jovem de quase nove décadas, com um vigor que outros, nascidos no pós-25 de Abril e recauchutados para media ver, jamais conseguirão ter. A construção da Festa é mais um momento valioso - e irrepetível a cada ano - de troca de sabedoria e experiências intergeracional.No sábado, o Abílio estava fodido. A variz direita deixava ver um bocadinho da perna, por entre uma cordilheira de inchaços roxos que o sexagenário procurava desvalorizar e esconder. A enfermeira de serviço ficou em choque. O Abílio foi arrastado até ao centro médico e aconselhado a descansar, depois de lhe terem enfiado uma ligadura . Mas tudo o que leva um comunista do Porto a viajar até ao Seixal é demasiado forte. O Abílio, mesmo com a marcação cerrada da enfermeira, lá conseguia continuar a sua tarefa, mesmo quando lhe foi pedido para não o fazer. O Abílio estava desesperado por não poder ajudar e tinha a tensão a 20-13. Eu não percebo muito disso, mas comentava-se que estava altíssima e eu acredito. O sentimento de que se é útil, ou antes, fundamental, e de que seu o contributo é válido e tido em conta, é importante para qualquer ser humano, independentemente da idade. E a Festa é também isso. Sentirmo-nos úteis, vermos o nosso trabalho reconhecido pelos milhares de visitantes que passam pela Quinta da Atalaia todos os anos.A revolta e frustração do Abílio assemelhavam-se à de um desportista que perde uma final de um Mundial qualquer. Há quatro anos que o Abílio espera por uma operação às varizes. Há uns tempos, furou uma variz e foi ao hospital, na esperança de ser operado. Até hoje, pelo menos, ainda não foi.A variz do Abílio ajuda a perceber um bocadinho do que vai além dos três dias da Festa do Avante!.

Fim de férias

Se calhar, eu precisava era de umas férias.