sexta-feira, junho 21, 2013

Resumo dos dias

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Manifesto contra o amor

Sou contra o amor. Que me perdoe o médico argentino Rafael de La Serna, mas não acho que um revolucionário seja movido por um grande sentimento de amor, mas já lá vamos. Eu não gosto do amor. Não me refiro ao amor fraternal, paternal, aquele que sentimos por quem amamos mesmo; é ao outro. Aquele amor que os escritores e poetas inventaram para vender livros e despejar frustrações.

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O cadáver está louco

Parece cada vez mais evidente que Cavaco não reúne condições mentais para continuar a ser Presidente da República. O discurso de hoje, em Elvas é tão desligado da realidade que só pode ser compreensível se o homem estiver mesmo senil. E, a ser assim, resta-lhe ir embora e levar com ele a podridão que está no Governo.

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Somos todos merda nenhuma

Chateia-me esta coisa de, de cada vez que há uma luta mais mediatizada, temos de ser todos isto ou aquilo. Ontem, a Comissão de Trabalhadores da RTP, que respeito e saúdo, fez publicar um comunicado com o título “Somos todos gregos”. Depois de sermos todos tunisinos, egípcios, ucranianos, bielorrussos e mais alguns, somos agora gregos e turcos, com mais ou menos @, com mais ou menos x.  
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Esc(r)atologia

Que o goveno actual é um monte de esterco, todos sabemos. Que sobrevive à custa de um parasita putrefacto do sistema democrático também sabemos. Que, de acordo com as sondagens, há pelo menos 70 por cento do povo português que continuaria a votar nos partidos da Troika. Mas.

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O prazer inorgânico

Quando a agenda mediática passou a levar ao colo os protestos considerados inorgânicos, numa estratégia deliberada de descredibilizar os sindicatos e partidos que intervêm em acções de massas, a surpresa foi quase geral. Alguns jornalistas manifestaram-se surpreendidos com o que é possível fazer através das redes sociais, como se eles próprios não estivessem também nas redes sociais. Depois vieram os especialistas explicar o fenómeno. A rapidez com que nos dias hoje surgem especialistas é impressionante. Vem isto a propósito da excitação toda com as manifestações no Brasil, que são de relevar e saudar. Mas.

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